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Infelizmente acidentes em encostas tem sido noticiados com muita frequência há mais de 10 anos no Sul do Brasil. Em novembro de 2008, após um longo período de chuvas, um grande número de desabamentos de estruturas de contenção e rupturas de encostas foi registrado no Vale do Itajaí e na região norte de Santa Catarina. Desde então, a cada período importante de chuva, são sempre noticiadas novas quedas de barreiras, rupturas de muros, desabamentos de casas implantadas em morros, dentre outros.
Do ponto de vista de estabilidade, a presença da água em pequenas quantidades no solos coesivos - típicos dos terrenos argilosos existentes no sul do Brasil, é responsável por uma propriedade que confere resistência às encostas, desde que esta água não esteja presente em excesso - saturação. Esta resistência é originada por uma força de atração entre as partículas do solo e varia conforme o teor de umidade. Com a elevação do nível freático pelas chuvas ou enchentes, esta atração é perdida, originando-se uma força de repulsão entre partículas do solo, tendo como consequência uma grande perda de resistência do terreno que, associada aos processos erosivos e ao aumento do peso próprio pelo encharcamento, causam grande parte das rupturas de encostas noticiadas em épocas de chuva.
Os acidentes em encostas são particularmente destrutivos e perigosos devido à grande energia e aos volumes de solo envolvidos, merecendo destacar que cada metro cúbico de solo pode pesar quase duas toneladas - o dobro do peso de um carro popular.
Por esta razão é tão importante prever sistemas de drenagem profundos e superficiais para estabilização das encostas que devem ser analisados e projetados após estudos detalhados do terreno por Engenheiros Civis comprovadamente especializados.
Apenas após conhecer detalhes do terreno e da utilização prevista para o local poderão ser definidas técnicas eficientes de estabilização, a partir das quais o risco de ruptura da encosta poderá ser adequadamente controlado.